Militar da Aeronáutica que dava apoio à comitiva de Bolsonaro foi preso na Espanha com 39 quilos de cocaína em 37 pacotes
Preso na manhã de terça-feira pela polícia espanhola , no aeroporto de
Sevilha, o militar da Aeronáutica suspeito de tráfico de drogas era
tripulante do voo que transportava a equipe avançada de transporte que
dava apoio à comitiva do presidente Jair Bolsonaro . O militar teria
sido flagrado com 39 quilos de cocaína divididos em 37 pacotes em sua
mala, disse à AFP uma porta-voz da força policial sevilhana.
A comitiva de apoio à equipe presidencial fez escala em Sevilha antes de
seguir para o Japão, onde o chefe do Planalto participará da cúpula de
líderes do G20. O avião presidencial faria escala na mesma cidade
espanhola antes de seguir para o Japão, mas, após a prisão do oficial,
seguiu para Portugal.
Apresentado em um tribunal nesta quarta-feira, o militar foi colocado em
detenção provisória. Na noite desta terça-feira, Bolsonaro disse, nas
redes sociais, que determinou que o Ministério da Defesa colabore com as
investigações da Polícia da Espanha.
A reportagem do Globo apurou que o militar detido é 2º sargento da
Aeronáutica e atua como comissário de voo, prestando serviço de bordo em
aviões da FAB.
De acordo com uma fonte, o sargento não estaria na tripulação da
aeronave presidencial e sim do avião que fazia parte do "escalão
avançado", conhecido como SCAV. O que foi para a Espanha funciona como
uma espécie de "reserva".
O presidente em exercício General Mourão disse nesta quarta-feira que o
militar "vai ter uma punição bem pesada ". Mais tarde, ele afirmou que o
2º sargento estaria no avião do presidente Bolsonaro no retorno dele ao
Brasil, embarcando na cidade espanhola .
Veja o que se sabe até agora sobre a detenção do militar brasileiro na Espanha.
Prisão em aeroporto
O integrante da Aeronáutica foi preso na manhã de terça-feira no
aeroporto de Sevilha, no Sul da Espanha, por suspeita de tráfico de
drogas em uma aeronave militar. Com citação à Guarda Civil espanhola,
braço da polícia que faz o controle aduaneiro, a BBC News Brasil
identificou o detido com as iniciais M. S. R., de 38 anos.
Na bagagem de mão, 39 kg de droga
A Guarda Civil confirmou à BBC News Brasil que o militar estava com 39
quilos de cocaína, divididos em 37 pacotes de sua bagagem de mão. Uma
porta-voz da força policial sevilhana citou a mesma quantidade à agência
France Presse.
"Em sua mala, havia apenas drogas", disse a porta-voz à AFP.
O brasileiro foi preso durante um controle aduaneiro de rotina, segundo a
BBC News Brasil. O jornal da Andaluzia "Diario Sur" publicou que os
investigadores suspeitam que o destino final da droga fosse a Espanha.
Onde está o militar
De acordo com o jornal "El Periodico", o militar brasileiro passou a noite na sede do comando da Guarda Civil de Montequinto.
Apresentado ante um tribunal nesta quarta-feira, ele foi colocado em
detenção provisória, acusado de cometer delito contra a saúde pública,
uma categoria que inclui o tráfico de drogas na Espanha, informou à AFP
um porta-voz da Justiça de Andaluzia.
Defesa apura crime
A prisão do militar foi divulgada pela manhã pelo ministério da Defesa,
sem mais detalhes.Em nota, a Defesa informou apenas que os fatos estão
sendo apurados e que foi determinada a instauração do Inquérito Policial
Militar (IPM). À noite, a FAB acrescentou que se tratava se uma
"aeronave militar".
"O Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica repudiam atos dessa
natureza e darão prioridade para elucidação do caso, aplicação dos
regulamentos cabíveis, bem como colaboram com as autoridades",
acrescentou a nota da Defesa.
Bolsonaro ordena colaboração com investigação
Ao comentar o caso, Bolsonaro disse que determinou ao ministro da
Defesa, Fernando Azevedo e Silva, "imediata colaboração com a Polícia
Espanhola na pronta elucidação dos fatos, cooperando em todas as fases
da investigação, bem como instauração de inquérito policial militar",
escreveu.
O presidente afirmou que "caso seja comprovado o envolvimento do militar
nesse crime, o mesmo será julgado e condenado na forma da lei".
Fonte: O Globo
Militar da Aeronáutica que dava apoio à comitiva de Bolsonaro foi preso na Espanha com 39 quilos de cocaína em 37 pacotes
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