Novo programa de filiação partidária é testado pela Justiça Eleitoral
Depois de 20 anos sob a responsabilidade
das corregedorias dos TREs, a filiação partidária volta a ser
competência das secretarias judiciárias, onde originalmente acontecia
essa etapa do processo eleitoral.
Foto: ASCOM/TRE-MA |
O novo Filia, programa de filiação partidária da Justiça Eleitoral,
está sendo testado por servidores do Tribunal Regional Eleitoral da
Bahia e dos demais TREs do Nordeste e do Tocantins durante encontro
realizado na sede do Regional maranhense, entre os dias 7 e 9 de maio.
No encontro, conduzido por representantes do Tribunal Superior
Eleitoral, definiu-se que o novo Filia vai estrear em junho, quando será
divulgada a lista especial de filiados aos partidos.
Depois de 20 anos sob a responsabilidade das corregedorias dos TREs, a
filiação partidária volta a ser competência das secretarias
judiciárias, onde originalmente acontecia essa etapa do processo
eleitoral. O chefe da Seção de Registro de Partidos e Candidatos do
TRE-BA, Jonas de Oliveira Júnior, explica que o objetivo da mudança é
que o cadastramento dos filiados se torne mais ágil e fácil de operar
pelos partidos políticos.
Jonas está no Maranhão, representando a Região Nordeste na condição
de gestor responsável por multiplicar as informações sobre o programa
entre os servidores dos Tribunais. Para ele, essa foi uma mudança
necessária. “O Filia Web já estava ultrapassado e não possibilitava
inovações”, avalia. Entre as novidades, Jonas destaca a possibilidade de
os partidos administrarem a geração de senhas, algo que torna o
programa mais acessível e fácil de operar. “Agora é, sem dúvidas, um
sistema que diz respeito diretamente aos partidos”.
Novo Filia
O sistema de filiação partidária Filia Web ainda está em operação.
Esse sistema roda no Elo 6, plataforma de acesso restrito à secretaria
judiciária do TRE-BA. A base do novo Filia é desenvolvida no Odin,
Sistema de Autenticação e Autorização da Justiça Eleitoral. É nesse
modelo que a lista especial de junho será processada.
No Odin, também funcionam outros sistemas que a Seção de Registro de
Partidos e Candidatos tem acesso, conta Jonas. É onde está o SGIP,
Sistema de Gerenciamento de Informações Partidárias e também onde se
hospeda o Cand, que realiza o Registro de Candidaturas. O Odin ainda é
responsável pelo APF, Sistema de Apoiamento aos Partidos em Formação.
Jonas acredita que, com o novo programa, o cadastro dos filiados será
mais simples e menos passível de erros. O chefe da Seção destaca a
necessidade de campanhas para conscientizar os partidos sobre o
funcionamento do Filia. Segundo ele, ainda é comum encontrar casos em
que presidentes de partido, que cadastram todos os filiados, deixam de
se cadastrar porque imaginam que esse cadastro será automático. “Isso
não procede e pode gerar problemas para uma possível candidatura”,
alerta o servidor.
Outra realidade comum na filiação partidária, segundo Jonas, é que os
partidos costumam esperar até o último dia do prazo para a submissão
das listas. Com isso, o sistema fica sobrecarregado e impossibilita o
envio das listas. Jonas lembra que o FiliaWeb já permite a submissão das
listas em uma data bem anterior a do prazo final.
O registro fica arquivado e é processado apenas na data comum a todos
os partidos, em um mecanismo semelhante ao de um e-mail salvo na pasta
rascunho. “Por mais que a gente esclareça isso, os partidos ainda não
fazem, talvez por estratégia política”, observa Jonas. Com o novo Filia,
ele acredita que também essa situação poderá ser diferente.
Os partidos que ainda não têm acesso ao sistema de filiação
partidária devem solicitar cadastro para a Justiça Eleitoral. Apenas
desta forma, será possível realizar filiações, desfiliações e submeter a
relação dos filiados ao processamento pelo TSE.
Por : Carla Bittencourt com informações da ASCOM do TRE-MA
Novo programa de filiação partidária é testado pela Justiça Eleitoral
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