Produtor de Pintadas dobra a produção de leite com a assistência técnica do Adapta Sertão
O produtor Lucivaldo da fazenda Alto Alegre na comunidade do
Papagaio município de Pintadas, saltou de 60 litros de leite para 120 por dia,
após a chegada da assistência técnico do Adapta Sertão, que colaborou
diretamente na dieta e manejo dos animais.
A propriedade de aproximadamente 16 hectares conta com 9
vacas de leite e hoje tem uma produção satisfatória, mas ainda pode aumentar
consideravelmente, como afirma o técnico do Adapta Sertão Jocivaldo.
"A ideia aqui é atingir a meta de 150 litros de leite
por dia, mas pra isso precisamos balancear a alimentação do rebanho entre a
palma adensada e o feno que é o que estamos implantando aqui, mas em relação ao
que se produzia aqui antes, hoje temos um ganho bem relevante. Hoje o produtor
ganha dinheiro, tanto no tempo das chuvas como no tempo de estiagem e esse é
nosso objetivo". Disse Jocivaldo.
A ideia do Adapta Sertão é dá suporte aos pequenos e médios
produtores, auxiliando no melhor manejo e cuidando para que o produtor consiga
manter seu rebanho bem alimentado durante todo período do ano o que faz com que
a cadeia produtiva esteja sempre em alta.
O Adapta Sertão também coloca à disposição da agricultura
familiar os recursos da pesquisa científica e a articulação de políticas públicas
de modo a aprimorar a alocação de recursos técnicos, financeiros e humanos.
O produtor Lucivaldo ressaltou a importância do auxílio
técnico no crescimento da sua produção.
"Antes a gente trabalhava muito mas trabalhava errado
,hoje nos conseguimos enxergar melhor o que precisamos fazer para crescer a
nossa produção, hoje mesmo com um número pequeno de apenas 9 vacas eu consigo
tirar mais do que produtores que tem 15 e isso é o resultado de um trabalho bem
feito que vamos fazendo em parceria com esse projeto do Adapta Sertão ".
Afirmou o produtor.
As ações de assistência técnica desenvolvidas pelo Adapta
Sertão atendem atualmente 50 produtores, nos municípios de Ipirá, Pé de Serra,
Capela do Alto Alegre, Mairi, Capim Grosso, Pintadas e Baixa Grande, tendo como
objetivo a implementação do MAIS (Módulo Agroclimático Inteligente e
Sustentável), que é dividido em MAIS Leite, MAIS Cordeiro, MAIS poli cultivo e
MAIS Pasto com Caatinga.
Na quarta-feira 10 de maio, o produtor realizou o corte de capim para produção
de feno para armazenar e ter reservar de alimento para os animais no período de
estiagem.
Sobre o Adapta Sertão
O
Adapta Sertão é uma coalizão de organizações que atua no semiárido
Brasileiro buscando viabilizar estratégias e tecnologias sociais para
adaptação a mudança climática da agricultura familiar. Tem como foco
de atuação inicial o interior da Bahia, especificamente, o Território
Identidade Bacia Jacuípe e municípios vizinhos. A meta é beneficiar
diretamente um mínimo de 800 famílias até 2018.
O
Adapta Sertão promove o cooperativismo como forma de desenvolvimento
local e aposta no empreendedorismo para fazer frente aos desafios. Sua
estratégia começa pela estruturação das propriedades rurais a partir do
Modulo Agroecológico Inteligente e Sustentável (MAIS), que foi
cuidadosamente desenhado a partir de experimentação e observação prática
visando permitir às famílias agricultoras continuar a produzir
alimentos também durante as secas anuais ou no caso de uma estiagem
prolongada.
O
acesso ao crédito, o beneficiamento e processamento adequado dos
produtos, o estímulo a comercialização são as outras vertentes
trabalhadas no modelo proposto.
O
Adapta Sertão coloca também a disposição da agricultura familiar os
recursos da pesquisa científica e a articulação de políticas públicas de
modo a aprimorar a alocação de recursos técnicos, financeiros e
humanos.
Depois
de muita pesquisa, experimentação de campo e visitas técnicas nas
unidades demonstrativas de agricultores baianos com vários níveis de
desenvolvimento e inovação, o Adapta Sertão desenvolveu o MAIS. O MAIS
surge de uma reflexão profunda para incluir o novo cenário climático no
planejamento da produção agrícola e pecuária da região semiárida. De
fato, cada bioma brasileiro está sendo afetado por uma mudança, seja
falta ou excesso de chuva, que precisa de tecnologias e estratégias
inovadoras de adaptação. O MAIS nesta perspectiva é um sistema pioneiro,
pois olha à mudança do clima como oportunidade para fortalecer o
cooperativismo, a pecuária e a agricultura regional.
Da redação do VR14
Juleilson Carneiro
Juleilson Carneiro
Produtor de Pintadas dobra a produção de leite com a assistência técnica do Adapta Sertão
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