Com aplicativos para celular, eleitores podem fazer denúncias de compra de votos
Outra novidade deste ano é o aplicativo Boletim na Mão, que permite que,
ao final da votação, os eleitores conheçam os votos depositados em uma
urna eletrônica específica
De olho na conectividade cada vez maior dos brasileiros, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desenvolveu 11 aplicativos para smartphones e tablets para que os eleitores participem mais ativamente do processo eleitoral deste ano. Com os apps,
é possível acompanhar o resultado das eleições municipais, fazer
denúncias de irregularidades e até participar da verificação do número
de votos registrados nas urnas eletrônicas.
“Desde que o processo se tornou informatizado, há 20 anos, o
compromisso da Justiça Eleitoral é justamente utilizar os recursos e as
funcionalidades que a tecnologia proporciona e evoluir o processo
eleitoral na mesma velocidade que evolui a tecnologia”, diz o secretário
de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino. Os aplicativos
estão disponíveis para as plataformasIOS e Android.
Atualmente, existem mais de 196 milhões de acessos em internet móvel no país, incluindo 3G e 4G.
Uma das principais apostas do TSE para este ano é o aplicativo
Pardal, que permite que os eleitores façam denúncias de propaganda
eleitoral irregular, tanto nas ruas como na internet e em veículos de
comunicação. A denúncia é feita pelo próprio aplicativo, com o envio de
fotos, vídeos ou áudios. Por exemplo, se um eleitor encontrar um outdoor
de um candidato na rua, que é proibido, pode tirar uma foto e mandar
pelo aplicativo, que automaticamente envia a denúncia para análise do
Ministério Público Eleitoral. Também é possível denunciar outras
irregularidades como compra de votos, uso da máquina administrativa ou
gastos irregulares.
Veja aqui quais são as condutas proibidas aos candidatos.
Em três semanas, o aplicativo já recebeu mais de 25 mil registros de
irregularidades de todo o país. Janino estima que o número de denúncias
deve subir com a proximidade das eleições, mas destaca que mais
importante que isso é o caráter pedagógico das denúncias. “Sabendo que
está sendo vigiado pelo cidadão, o candidato tem um comportamento
adequado ao que prevê a lei”, diz.
Outra novidade deste ano é o aplicativo Boletim na Mão, que permite
que, ao final da votação, os eleitores conheçam os votos depositados em
uma urna eletrônica específica. Quando a eleição é encerrada, a urna
apura os votos automaticamente e imprime o resultado em papel, que é
distribuído para os fiscais e afixado na porta da seção eleitoral. O
boletim tem um QR code, que é uma espécie de código de barras que pode
ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares com câmera
fotográfica. Com esse código, por meio do aplicativo, o cidadão poderá
ter as informações dos votos daquela urna para depois comparar com o que
é divulgado oficialmente.
“É uma forma de o cidadão comum também acompanhar e auditar o trâmite
das informações que saem das urnas eletrônicas. É um processo simples,
mas de uma importância estratégica, porque significa que no exato
momento em que se encerra a votação o resultado já se torna de
conhecimento público. Então, tudo o que acontece dali para a frente é
facilmente verificável”, explica Janino.
Com o aplicativo Candidaturas, o eleitor pode analisar os dados de
cada candidato, como nome, foto, planos de governo e dados de prestação
de contas. O eleitor também pode “favoritar” seu candidato, para
acompanhar seu desempenho posteriormente. “Essa é uma característica do
eleitor brasileiro, de esquecer do candidato em quem votou,
principalmente considerando nos cargos proporcionais”, diz o secretário
do TSE.
Alguns aplicativos ainda não estão disponíveis, mas poderão ser
baixados nos próximos dias. É o caso do Onde Votar ou Justificar, que
informa o local exato de votação e o melhor caminho para que o eleitor
vá até sua seção. O aplicativo Resultados, que permite o acompanhamento
da totalização de votos em todos os municípios em tempo real, também
deve ser disponibilizado em breve. Esse foi o aplicativo mais baixado da
Apple Store em 2014 nas vésperas das eleições. Nas eleições 2014, o TSE colocou quatro aplicativos à disposição dos eleitores.
Alguns aplicativos são mais voltados para os funcionários da Justiça
Eleitoral, como o Mesários, que disponibiliza informações para quem vai
trabalhar nas eleições, como a forma de preparar a seção, a
identificação do eleitor e a proibição de propaganda no dia da votação. O
QRUEL e oCheckup da Urna são para uso de servidores da Justiça Eleitoral e servem para verificar o funcionamento correto das urnas eletrônicas.
Todos os aplicativos foram desenvolvidos de forma colaborativa por
técnicos do TSE e dos tribunais regionais em todo o país. Para o
secretário de Tecnologia da Informação do TSE, essa tecnologia contribui
para uma maior participação dos cidadãos no processo eleitoral. “Os
aplicativos trazem informações consistentes, de uma forma facilitada,
objetiva e didática, e permitem que o eleitor interaja no processo,
buscando cada vez mais um processo democrático e rígido com relação ao
cumprimento das leis e dos direitos do cidadão brasileiro”, diz.
Veja os aplicativos disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral para as eleições deste ano:
Pardal – Permite a notificação de irregularidades nas campanhas. Ao identificar um problema, o cidadão tira uma foto e, por meio do aplicativo, envia as evidências para a Justiça Eleitoral no estado ou município, que fará a análise da denúncia.
Pardal – Permite a notificação de irregularidades nas campanhas. Ao identificar um problema, o cidadão tira uma foto e, por meio do aplicativo, envia as evidências para a Justiça Eleitoral no estado ou município, que fará a análise da denúncia.
Candidaturas – Permite que o eleitor acompanhe o seu candidato e
acesse informações como nome, número, situação do registro de
candidatura, cargo, partido, coligação e o link para o site do
candidato. O dispositivo também exibe os dados da prestação de contas
dos políticos.
Mesários – Leva informações a cerca de dois milhões de colaboradores
que participam do processo eleitoral, com instruções, orientações e
perguntas e respostas.
Agenda JE – Reúne todos os acontecimentos previstos para as eleições
municipais e permite a notificação automática dos os prazos constantes
do calendário.
JE Processos – Permite acompanhar o andamento dos processos no TSE e nos tribunais regionais eleitorais.
Eleições 2016 – Reúne informações para o eleitor em uma única tela,
como situação do título, orientações sobre justificativa, local de
votação, informações sobre propaganda eleitoral e contatos do
Disque-Eleitor. Estará disponível nos próximos dias
Onde votar ou justificar – Mostra o local de votação e postos de
justificativa em todo o Brasil. Por meio do georreferenciamento, ajuda a
traçar o melhor caminho para que o eleitor chegue à sua seção
eleitoral. Estará disponível nos próximos dias
Boletim na Mão – Permite que o eleitor confira as informações
contidas nos Boletins de Urna, que são impressos após o encerramento da
votação e afixados nas seções eleitorais. Estará disponível nos próximos
dias
Resultados – Vai permitir acompanhar, em tempo real, os dados do
resultado da eleição em todo o Brasil. Também permite selecionar os
candidatos favoritos e selecioná-los para acompanhar a apuração. Estará
disponível nos próximos dias
QRUEL – Com o app, um servidor da Justiça Eleitoral pode ligar a urna
e fotografar o QR Code que aparece na tela. Esse código detalha se a
urna eletrônica está operando de forma correta e, caso a urna apresente
problema, o TRE poderá substituí-la antes da eleição. Estará disponível
nos próximos dias
Checkup da urna – Desenvolvido para uso dos técnicos da
Justiça Eleitoral, o dispositivo faz uma checagem das funcionalidades
gerais das urnas, o que permite atuar preventivamente na sua manutenção.
Estará disponível nos próximos dias
Agência Brasil: edição: Valéria Aguiar
Com aplicativos para celular, eleitores podem fazer denúncias de compra de votos
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