Senado aprova processo de impeachment, e Dilma é afastada
A maioria dos senadores decidiu, às 
6h34 desta quinta-feira (12), pela aprovação do processo de impeachment 
da presidente Dilma Rousseff. Com isso, Dilma será afastada da 
Presidência por 180 dias. Nesse período, o vice Michel Temer assume 
interinamente. Foram 55 votos a favor e 22 contra o processo. 
Durante o período de afastamento, 
ocorrerá o julgamento de Dilma no Senado. Ao fim dessa nova fase, o 
Senado votará novamente o impeachment e, se aprovado -- dessa vez serão 
necessários dois terços dos votos do plenário (54 votos) --, Dilma 
deixará de vez a Presidência da República.
Votação no Senado
Cada senador inscrito falou por até 15
 minutos durante a sessão que teve início às 10h desta quarta-feira 
(11). Em seguida, falaram o relator do pedido de abertura de processo na
 Comissão Especial do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), e o 
advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. A votação ocorreu por 
meio do painel eletrônico.
A comunicação do afastamento de Dilma 
será feita pessoalmente pelo primeiro-secretário do Senado, Vicentinho 
Alves (PR-TO). Temer assumirá automaticamente a Presidência sem direito à
 cerimônia de posse.
Entenda
Dilma é acusada de ter cometido crime 
de responsabilidade por atrasos de repasses do Tesouro ao Banco do 
Brasil por conta do Plano Safra, as chamadas pedaladas fiscais, e pela 
edição de decretos com créditos suplementares sem autorização do 
Congresso.
Para a defesa, as pedaladas não 
constituíram operação de crédito junto a instituições financeiras 
públicas, o que é vedado pela lei, e os decretos serviram apenas para 
remanejar recursos, sem implicar em alterações nos gastos totais.
Veja a seguir os próximos passos do processo de impeachment:
PRONÚNCIA
Com o afastamento de Dilma, será iniciada a fase de pronúncia, novamente na comissão especial do impeachment no Senado.
Segundo o presidente do Senado, Renan 
Calheiros (PMDB-AL), essa etapa já será conduzida pelo presidente do 
Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a quem caberá a 
palavra final sobre os procedimentos e as questões que surgirem.
Os senadores poderão chamar 
testemunhas e, como na fase anterior, especialistas, além de requerer 
perícias e auditorias sobre documentos para determinar se há ou não 
motivos para o impedimento da presidente.
Novamente serão ouvidas acusação e 
defesa e a comissão votará um novo parecer do relator, desta vez sobre o
 mérito do pedido de impeachment.
Esse parecer será encaminhado ao 
plenário, que fará sua segunda votação no processo. Também por maioria 
simples, o Senado decide se aceita ou não a pronúncia.
Caso a pronúncia seja rejeitada, o 
processo é arquivado e Dilma reassume a Presidência. Se a pronúncia for 
aceita, começa a última fase do processo, o julgamento.
JULGAMENTO
A presidente afastada é notificada 
para, uma vez mais, apresentar sua defesa. Em seguida, é marcada a 
sessão de julgamento, quando se dará a terceira e última votação em 
plenário, conduzida pelo presidente do STF.
Na sessão, são ouvidos acusação e 
defesa, além de testemunhas e senadores que queiram se manifestar. 
Encerrada a discussão, o presidente anuncia a votação do impeachment.
Para a condenação de Dilma são 
necessários dois terços dos senadores, o equivalente a 54 votos. Se for 
condenada, ela perde o mandato definitivamente e tem os direitos 
políticos suspensos por 8 anos.
Caso o impeachment não seja aprovado, Dilma reassume a Presidência da República.
*Com informações da Reuters e Agência Senado
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