Com participação do VAR, Cruzeiro bate o Corinthians e conquista o hexa
O árbitro de vídeo participou de maneira inédita de uma final nacional e
acabou como protagonista. Com atuação em dois lances capitais na
partida, foi decisivo na vitória do Cruzeiro por 2 a 1 sobre o
Corinthians nesta quarta-feira, 17, em Itaquera.
O time mineiro, que não tem nada com isso, com o resultado, garantiu o hexa da Copa do Brasil e se tornou o maior campeão do torneio, superando o Grêmio, que tem cinco títulos. De quebra, também obteve o feito de ser o único bicampeão consecutivo.
O time mineiro, que não tem nada com isso, com o resultado, garantiu o hexa da Copa do Brasil e se tornou o maior campeão do torneio, superando o Grêmio, que tem cinco títulos. De quebra, também obteve o feito de ser o único bicampeão consecutivo.
Vencedor em 1993, 1996, 2000, 2003 e 2017, o Cruzeiro embolsará neste
ano a premiação recorde de R$ 50 milhões. O Corinthians, com o vice,
garantiu R$ 20 milhões aos cofres.
A taça veio com presença do VAR. O time mineiro fechou o primeiro tempo
na frente com um gol de Robinho. O Corinthians voltou mais ligado na
etapa final e empatou graças a um pênalti assinalado com o auxílio da
TV. Jadson fez. E poderia ter virado na sequência em um golaço de
Pedrinho. Mas o árbitro de vídeo alertou Wagner do Nascimento Magalhães,
que viu falta de Jadson em Dedé. Houve grande indignação na
arquibancada, mas não adiantou nada. Pouco depois, o Cruzeiro acertou
contra-ataque e matou o jogo com Arrascaeta.
O jogo
Jair Ventura surpreendeu na escalação e colocou em campo Emerson Sheik e
Jonathas nas vagas de Clayson e Mateus Vital. O time tentou impor o
jogo no início, tinha mais posse de bola do que o adversário, mas errava
muitos passes. Tanto é que quem assustou primeiro foi Thiago Neves. Em
um rápido contra-ataque, a zaga corintiana se atrapalhou e o
meio-campista bateu para defesa de Cássio.
Sem conseguir criar nada no início, os jogadores do Corinthians passaram
a demonstrar muito nervosismo. Na metade do primeiro tempo, Ralf,
Gabriel e Sheik já tinham recebido cartões amarelos. Aos 27, Léo Santos
se atrapalhou com a bola no lado direito, Rafinha roubou e tocou para
Barcos. O centroavante bateu colocado e acertou a trave. Na sobra,
Robinho mandou para as redes e calou a Arena.
O desespero da equipe anfitriã aumentou. Os atletas, completamente
desorganizados em campo, viram o Cruzeiro chegar muito perto do segundo.
Após cruzamento na área, Dedé cabeceou na trave. O Corinthians só foi
dar o primeiro susto no adversário aos 36 minutos, com Henrique, que
mandou de cabeça para fora.
Com a vantagem no placar, o Cruzeiro recuou e a equipe de Jair Ventura
passou a pressionar. Emerson Sheik, apesar dos 40 anos de idade, era o
mais efetivo. As principais chances criadas saíram em jogadas com ele
pelo lado direito.
No entanto, Jonathas não conseguia dominar uma bola no comando do
ataque. O centroavante trombava, se atrapalhava e reclamava com o
árbitro. Romero, no lado esquerdo, também pouco produziu, e o time
alvinegro desceu para o intervalo com sua regularidade de não conseguir
chutar uma bola em direção ao gol de Fábio.
No segundo tempo, o Corinthians voltou a mil por hora. Embalado pelos
torcedores, conseguiu o empate logo no início. Aos dois minutos, Thiago
Neves derrubou Ralf na área. O árbitro mandou o jogo seguir, mas depois
consultou o VAR e então deu pênalti. Após muita discussão, Jadson cobrou
e deixou tudo igual, encerrando um jejum de 435 minutos da equipe sem
balançar as redes.
O Corinthians seguiu pressionando. Pedrinho veio a campo na vaga de
Jonathas. E assim como fez contra o Flamengo, mandou uma bomba de fora
da área em um de seus primeiros lances em campo e acertou o ângulo de
Fábio. O VAR, no entanto, foi acionado e o árbitro entendeu que no lance
anterior Jadson cometeu falta em Dedé e anulou o gol que levaria a
decisão para os pênaltis, para indignação dos torcedores corintianos.
Jair, então, decidiu ir para o tudo ou nada e mandou a campo Mateus
Vital na vaga do volante Gabriel. O time foi todo para cima e levou um
contra-ataque mortal, aos 36. Raniel tocou na esquerda para Arrascaeta,
que invadiu a área e tocou na saída de Cássio. O gol fez valer o
investimento do Cruzeiro, que gastou R$ 60 mil para trazer o uruguaio
dos amistosos da seleção de seu país no Japão.
O Corinthians sentiu o gol e não esboçou mais reação. Tentou jogar a
bola na área do adversário, mas sem muita efetividade. O Cruzeiro passou
a tocar a bola e garantiu o hexa da competição.
CORINTHIANS 1 X 2 CRUZEIRO
CORINTHIANS - Cássio; Fagner, Léo Santos, Henrique e Danilo Avelar; Ralf e Gabriel (Mateus Vital) e Jadson; Sheik (Clayson), Jonathas (Pedrinho) e Romero. Técnico: Jair Ventura.
CRUZEIRO - Fábio; Edílson, Dedé, Léo e Lucas Romero; Henrique, Ariel Cabral, Robinho, Thiago Neves (Lucas Silva) e Rafinha (Arrascaeta); Barcos (Raniel). Técnico: Mano Menezes.
GOLS - Robinho, aos 21 minutos do primeiro tempo; Jadson, aos nove, e Arrascaeta, aos 36 minutos do segundo tempo
ÁRBITRO - Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)
CARTÕES AMARELOS - Ralf, Gabriel, Sheik, Romero e Fagner (Corinthians); Robinho e Thiago Neves (Cruzeiro)
CORINTHIANS - Cássio; Fagner, Léo Santos, Henrique e Danilo Avelar; Ralf e Gabriel (Mateus Vital) e Jadson; Sheik (Clayson), Jonathas (Pedrinho) e Romero. Técnico: Jair Ventura.
CRUZEIRO - Fábio; Edílson, Dedé, Léo e Lucas Romero; Henrique, Ariel Cabral, Robinho, Thiago Neves (Lucas Silva) e Rafinha (Arrascaeta); Barcos (Raniel). Técnico: Mano Menezes.
GOLS - Robinho, aos 21 minutos do primeiro tempo; Jadson, aos nove, e Arrascaeta, aos 36 minutos do segundo tempo
ÁRBITRO - Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)
CARTÕES AMARELOS - Ralf, Gabriel, Sheik, Romero e Fagner (Corinthians); Robinho e Thiago Neves (Cruzeiro)
PÚBLICO - 45.978 pagantes
RENDA - R$ 5.108.151,00
LOCAL - Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Fonte: Estadão Conteúdo
Com participação do VAR, Cruzeiro bate o Corinthians e conquista o hexa
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