Reviravolta na eleição da presidência das Câmaras de Vereadores em Valente e Quijingue
Em Valente, a base governista tem minoria e escolheu um vereador da
oposição para votar conseguiu fazer a presidência contando com votos de
dois vereadores contrários ao Governo Municipal.
Uma verdadeira reviravolta ocorreu nos resultados das eleições para
escolha dos presidentes das Câmaras de Vereadores de Quijingue e
Valente, surpreenderam as comunidades políticas destes dois municípios,
localizados no território do sisal.
Em Quijingue, cujo colégio eleitoral é formado por 20.848 eleitores e
a Câmara é composta por 11 vereadores, sendo que a maioria foi eleita
pela coligação que apoiou o republicano Weligton Cavalcante de Góis,
mais conhecido por Nininho Góis.
Em Quijingue, o vereador José Mário Santana Amorim (Mário de Alduino –
PRB),o penúltimo em quantidade de votos dentre os eleitos com 509
votos, necessitou buscar apoio dos colegas da oposição, Célia Maria dos
Santos Silva (Célia de Antenor- PCdoB), Liliane Reis da Costa Mota Souza
(Nanny do Tango – PT), Almir Jesus dos Reis (Almir Terra Branca – PT),
José Ronaldo Cardoso de Moura(Ronaldo – PT) e do vereador da base da
situação Leonardo dos Reis Andrade (Leozinho do Zé Adelson – PMDB).
Mário negou que sua decisão de disputar a presidência da Câmara fosse
um ato de rompimento com a base do prefeito, segundo ele, pelo
contrário, pois continuava aliado ao projeto que Nininho tem para
Quijingue e que a eleição foi apertada e só venceu porque contou com os
colegas da oposição.
Valente
Município com 18.789 eleitores, cuja Câmara também é composta por 11
vereadores e a maioria foi eleita pelos partidos que apoiaram a
candidato a reeleição, o petista Ismael Ferreira, que não obteve êxito
eleitoral e perdeu por 1.184 votos para tucano Marcos Adriano de
Oliveira Araújo.
De forma natural,logo que passou a eleição, os vereadores da base da
oposição começaram a se reunir e por unanimidade escolheram José Robson
Duarte Cunha (Zé de Zeli – PMDB) para encabeçar a chapa, levando em
consideração sua fidelidade em manter apoio a Ismael Ferreira, pois,
oficialmente o PMDB fechou com o DEM, PSDB, PHS, PSL, PRB, PTN e PSC, na
composição de apoio a Marcos Adriano.
Vendo que não tinha chance de ganhar a presidência, pois contavam
apenas com cinco votos, a base governista foi buscar na bancada de
oposição o vereador Djalma Santana da Silva Neto (PSB), para apoiá-lo
com candidato a presidente e prontamente Netinho Tur, como é conhecido o
socialista, aceitou a proposta, contrariando os colegas da base pela
qual foi eleito, pois, somado o seu voto aos cinco da oposição, ganharia
a presidência do poder Legislativo.
Ao tomar conhecimento da decisão de Netinho Tur, os cinco vereadores
da oposição, Maria Madalena Oliveira Firmo, (Leninha – PT), Zé de Zeli
(PMDB), Gessivaldo Souto Martins (Sissi de Daniel – PSD), Elenildo de
Oliveira Mota (Nem da Apaeb – PDT) e Antonio Cezar Oliveira Rios (Cezar
Rios – SD), se reuniram na noite de sábado, dia 31 de dezembro,na
residência de um empresário na cidade de Conceição do Coité e fecharam
uma chapa para o embate no dia seguinte com a democrata Mabel Amaral de
Oliveira, filha do ex-prefeito Ubaldino Amaral, como candidata a
presidente e retornaram para Valente certos que derrotariam Netinho Tur.
Questionado sobre o que levou Mabel de Ubaldino aceitar o convite da
oposição, um vereador que pediu para não ser identificado, contou ao CN
que ela confessou que se sentiu traída, pois, não foi ouvida pelo grupo
na escolha de Netinho Tur e que tinha um acordo para que ela fosse à
candidata presidente, até porque foi a mais votada do pleito.
Tudo parecia tranquilo, até que no momento da eleição, houve uma
reação popular de ‘pressão’, contrária à decisão de Mabel, que a levou a
desistência e depois de quase duas horas de interrupção da sessão,
chegou-se a um consenso e Netinho Tur foi eleito presidente com os votos
dos vereadores governistas: Lucivaldo Araújo Silva (Vado – DEM, que
retornou a Câmara depois de 04 anos), Antonio Aloísio de Araújo Oliveira
(Luizinho – PSDB, reeleito), Romilson Cedraz Mascarenhas (reeleito –
DEM), Lomanto Queiroz da Cunha (reeleito – PSDB) e da própria Mabel, que
passou fazer parte da chapa e dos vereadores da base da oposição, César
Rios e Sissi de Daniel. Outros três opositores: Leninha, Nem da APAEB e
Zé de Zely votaram em branco.
Assim sendo, Netinho Tur que fez campanha no palanque de Ismael
Ferreira e foi eleito pela oposição, chegou a presidência com apoio de
todos vereadores governistas e dois oposicionistas. A expectativa agora é
para ver como ele vai se comportar.
Redação CN
Reviravolta na eleição da presidência das Câmaras de Vereadores em Valente e Quijingue
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