Caso Neymar: MP pede arquivamento de inquérito de estupro
O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça o arquivamento de
inquérito que investiga a acusação de estupro contra o atacante Neymar
feita pela modelo Najila Trindade. A decisão foi comunicada na tarde
desta quinta-feira, 8, em entrevista coletiva na sede do MP. O motivo
para arquivamento foi falta de provas, de acordo com as promotoras.
Participam da entrevista coletiva o subprocurador-geral de Justiça
Criminal, Mário Sarrubbo, e as promotoras de Justiça Flávia Merlini e
Estefânia Paulin, da Promotoria de Justiça de Enfrentamento à Violência
Doméstica de Santo Amaro.
“Após mais de um mês de exaustiva diligência feita pela delegacia e pelo
acompanhamento do MP, decidimos pelo arquivamento por não haver provas
suficientes do que foi alegado pela própria vítima”, explicou a
promotora Flávia Merlini.
O entendimento das promotoras coincide com que as investigações
realizadas pela Polícia Civil. Há duas semanas, a delegada Juliana Lopes
Bussacos, da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, de Santo Amaro, afirmou
não ter encontrado elementos para indiciar Neymar na investigação.
As promotoras informaram que o arquivamento por falta de provas não
implica em absolvição. O processo pode ser reaberto a qualquer momento,
desde que apareçam novas evidências. “O arquivamento pode ser reaberto a
qualquer momento, é uma previsão legal, desde que haja novas
diligências ou surjam novas provas. Isso não implica em uma absolvição
do averiguado”, explicou Flávia Merlini.
Questionada sobre as acusações de agressão feitas por Najila, a
promotora Flávia Merlini afirmou que os laudos do Instituto Médico Legal
(IML) não constataram sinais de violência. As contradições apresentadas
por Najila foram levadas em conta pelo MP. “Não dá para se dizer qual a
prova que faltou. Por todos os elementos colhidos, pelas contradições
existentes no inquérito, optamos pelo arquivamento”, disse a promotora.
Relembre o caso
As investigações da acusação de estupro e agressão de Najila contra
Neymar começaram em 31 de maio, com a realização da acusação pela
modelo. Os dois se conheceram pelo aplicativo de fotos e mensagens
Instagram. Ela contou que viajou a Paris a convite do jogador e, durante
uma visita dele ao quarto que estava hospedada, o atacante fez sexo sem
consentimento, em 15 de maio. O atleta confirmou a viagem, mas negou as
acusações.
No dia seguinte, Neymar esteve no mesmo quarto e foi agredido por
Najila. A modelo gravou o encontro e alegou que buscava uma prova de que
se encontrara com o atleta. O vídeo tem cerca de 60 segundos. A modelo
afirmou que gravou todo o encontro, mas o vídeo teria sido furtado
juntamente com seu tablet. As imagens nunca foram mostradas aos
investigadores.
Por Najila não ter apresentado o vídeo completo, o advogado Danilo
Garcia desistiu do caso. Atualmente, a modelo é defendida por Cosme
Araújo, que ainda não se pronunciou sobre o pedido de arquivamento do
MP-SP.
(com Estadão Conteúdo)
Caso Neymar: MP pede arquivamento de inquérito de estupro
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20:04
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